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Embora vários estudos tenham relatado casos de Herpes zoster após a vacinação contra COVID-19, a associação ainda é debatida devido ao pequeno número de casos e à falta de grupos de controle.
Foi realizada uma meta-análise utilizando dados de estudos de coorte, estudos transversais de caso-controle e ensaios clínicos randomizados. Os resultados da mostraram que a vacinação contra COVID-19 estava associada a um risco significativamente maior de Herpes zoster em comparação com os grupos de controle, principalmente se a vacina utilizada fosse com mRNA. No entanto, não houve diferença significativa nos riscos entre as vacinas Moderna e BioNTech.
Embora o mecanismo exato dessa associação ainda seja desconhecido, acredita-se que a imunomodulação induzida pela vacinação possa desempenhar um papel. A alteração maciça das células T CD8+ e das células T auxiliares CD4+ induzida pela vacina pode temporariamente reduzir a capacidade de suprimir o Vírus varicela zoster latente, permitindo sua reativação. A maioria dos casos de reativação relatados foi limitada a uma área dermatômica, mas foram observados casos de infecção disseminada após a vacinação com mRNA.
É importante destacar que esta meta-análise apresenta algumas limitações, como o número limitado de ensaios clínicos randomizados disponíveis e a heterogeneidade entre os estudos incluídos. Porém é necessário estar ciente da possível reativação de Herpes zoster após a vacinação contra COVID-19, principalmente em indivíduos de alto risco.
Leia o texto na íntegra: https://www.jaad.org/article/S0190-9622(23)00519-4/fulltext
