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Estudo duplo-cego, controlado por placebo, não encontrou diferença significativa na incidência de Covid-19 em profissionais de saúde que receberam a vacina BCG-Dinamarca em comparação com o grupo placebo.
A vacina bacilo Calmette-Guérin (BCG) tem sido objeto de estudos como uma possível ferramenta para a prevenção da Covid-19. A BCG é uma vacina que protege contra a tuberculose e possui efeitos imunomoduladores “fora do alvo”, que foram hipotetizados como uma possível proteção contra o coronavírus.
Um estudo internacional publicado na NEJM em abril de 2023 com quase 4.000 pessoas foi realizado para avaliar a eficácia da BCG na prevenção da Covid-19 em profissionais de saúde. O estudo foi duplo-cego, controlado por placebo e randomizado. Os participantes foram designados aleatoriamente para receber a vacina BCG-Dinamarca ou placebo salino e foram acompanhados por 12 meses. A população com intenção de tratar modificada, restrita a participantes com teste negativo para SARS-CoV-2 no início do estudo, foi avaliada para os desfechos primários de Covid-19 sintomático e Covid-19 grave em 6 meses.
Os resultados do estudo indicaram que a vacinação com BCG-Dinamarca não resultou em menor risco de Covid-19 entre os profissionais de saúde em comparação com o placebo. Embora os resultados não tenham sido estatisticamente significativos, as diferenças de risco entre os grupos foram pequenas e não apontaram uma eficácia clara da BCG na prevenção da Covid-19.
Por enquanto, a BCG não pode ser considerada uma ferramenta efetiva para prevenir a Covid-19 e as medidas de prevenção recomendadas pelos órgãos de saúde, como a vacinação, o distanciamento social e o uso de máscaras, devem ser mantidas.
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