Novas Pesquisas em Diabetes Tipo 1: Insulinas Inteligentes e Orais

Novas pesquisas em diabetes tipo 1 (DM1) enfatizam o desenvolvimento de insulinas inteligentes e orais que mimetizam o funcionamento natural da insulina pancreática, liberando um hormônio de forma dependente de glicose e minimizando riscos de hipoglicemia em modelos pré-clínicos.

Insulinas Inteligentes: Mecanismos e Resultados Pré-Clínicos

  • As insulinas “smart” utilizam ligantes sensíveis à glicose, como ácido fenilborônico ou proteínas de fusão insulina-glucagon, que permanecem inativas em normoglicemia e ativam-se apenas em hiperglicemia, replicando a resposta beta-celular fisiológica.
  • Em estudos com ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina, a NNC2215 (Novo Nordisk) divulgou lançamento controlado de insulina, mantendo glicemia entre 80-180 mg/dL por até 12 horas, com redução de 70% em episódios hipoglicêmicos comparados a insulinas.​
  • Proteínas de fusão insulina-glucagon, testadas pela IU Medicine, liberam glucagon em hipoglicemia (<70 mg/dL), prevenindo distúrbios glicêmicos graves e estabilizando níveis hormonais sem intervenção manual, aliviando o “fardo da terapia intensiva”.​

Insulinas Orais: Avanços em Absorção e Prevenção

  • A pílula de insulina nanotecnológica da Universidade de Sydney encapsula uma molécula em nanopartículas protetoras contra a liberação gástrica, permitindo a absorção via mucosa intestinal e pico de ação em 30-60 minutos, semelhante à disfunção pós-prandial endógena.​
  • No estudo POInT (Pre-POINT), insulina oral diária em crianças de alto risco genético (HLA-DR4 positivo) atrasou o início de DM1 em 50%, com 76% dos tratados livres de autoanticorpos após 5 anos e incidência reduzida de hipoglicemias subclínicas em fases iniciais.​
  • Modelos pré-clínicos em camundongos NOD mostraram que essas formulações orais induzem tolerância imunológica, preservando beta-células residuais e dificultando a necessidade de injeções em 40-60%.​

Implicações Clínicas e Desafios Futuros

  • Esses avanços pré-clínicos indicam potencial para terapias não invasivas, com foco em adesão (reduzindo injeções diárias) e segurança (hipoglicemia <5% dos eventos), pavimentando fase II/III em humanos para DM1 prevista e prevenção.​
  • Os desafios incluem escalabilidade industrial, estabilidade em formulações orais e validação em regulamentação pediátrica, mas os resultados sugerem revolução no manejo do DM1, aproximando-se de uma “cura funcional”.​

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  1. Desafio do Diabetes Tipo 1. Pesquisas iniciais sobre insulina “inteligente” trazem esperança para um controle mais seguro do diabetes tipo 1. 6 de outubro de 2025 [Internet]. Disponível em: https://type1diabetesgrandchallenge.org.uk/news/early-research-on-smart-insulin-brings-hope-for-safer-type-1-diabetes-management
  2. Grande Desafio do Diabetes Tipo 1. Novo passo promissor de ‘insulina inteligente’ [Internet]. Disponível em: https://type1diabetesgrandchallenge.org.uk/news/new-smart-insulin-promising-s
  3. Medicina UI. Nova ‘insulina inteligente’ mostra-se promissora na redução do nível baixo de açúcar no sangue [Internet]. 9 de setembro de 2025. Disponível em: https://medicine.iu.edu/news/2025/10/type-1-diabetes-fusion-protein
  4. Universidade de Sydney. A pílula de insulina inteligente que pode mudar vidas [Internet]. Disponível em: https://www.sydney.edu.au/research/our-research/impact/the-smart-insulin-pill
  5. Revista Farmacêutica. Insulina oral retarda o início do diabetes tipo 1 em crianças. 13 de novembro de 2025 [Internet]. Disponível em: https://pharmaceutical-journal.com/article/news/oral-insulin-found-to-delay-onset-of-type-1-diabetes-in-children