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- Os inibidores de SGLT2 estão rapidamente se tornando padrão de tratamento para o tratamento do diabetes tipo 2, especialmente em pacientes com doença cardiovascular ou irregularidades renais. A HbA1c basal afeta sua eficácia? Esta análise usando dados do DECLARE-TIMI 58 avalia dois conjuntos de questões: 1) como a HbA1c basal impacta os resultados cardiovasculares e renais; e 2) a eficácia dos inibidores de SGLT2 difere com base na HbA1c basal? Os pesquisadores descobriram que HbA1c basal mais alta estava associada a taxas mais altas de eventos cardiovasculares adversos maiores e desfechos cardiorrenais ruins, especialmente entre pacientes com múltiplos fatores de risco (P-interação = 0,0064). Comparada ao placebo, a dapagliflozina diminuiu o risco de desfechos cardiovasculares e renais ruins, sem heterogeneidade pela HbA1c basal (P-interação > 0,05).
- Este estudo não apenas destaca o risco de mau controle glicêmico no momento do diagnóstico de diabetes tipo 2, mas também apoia o uso de inibidores de SGLT2 para pacientes com fatores de risco cardiovascular e renal, independentemente do controle glicêmico inicial.
OBJETIVO
As diretrizes atuais recomendam a prescrição de inibidores de SGLT2 para pacientes com diabetes tipo 2 e estabelecido ou com alto risco de doença cardiovascular aterosclerótica (ASCVD), independentemente dos níveis de HbA1c. Estudamos a associação da HbA1c com desfechos cardiovasculares e renais e se o benefício da dapagliflozina varia de acordo com a HbA1c basal.
PROJETO E MÉTODOS DE PESQUISA
No estudo Dapagliflozin Effect on Cardiovascular Events (DECLARE-TIMI 58), 17.160 pacientes com diabetes tipo 2 foram randomizados para receber dapagliflozina ou placebo por um acompanhamento médio de 4,2 anos. Os resultados cardiovasculares e renais por HbA1c basal na população geral e com dapagliflozina versus placebo em subgrupos de HbA1c foram estudados por modelos de regressão de Cox.
RESULTADOS
Na população geral, HbA1c basal mais alta foi associada a maior risco de morte cardiovascular ou hospitalização por insuficiência cardíaca (ICH); eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE), incluindo morte cardiovascular, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral isquêmico; e desfechos cardiorrenais (taxas de risco ajustadas 1,12 [IC 95% 1,06-1,19], 1,08 [1,04-1,13] e 1,17 [1,11-1,24] por nível 1% mais alto, respectivamente). A HbA1c elevada foi associada a um risco maior de MACE e desfechos cardiorrenais em pacientes com múltiplos fatores de risco (MRF) do que em ASCVD estabelecido (P-interação = 0,0064 e 0,0093, respectivamente). Comparada ao placebo, a dapagliflozina diminuiu o risco de morte cardiovascular/HHF, HHF e desfechos cardiorrenais, sem heterogeneidade pela HbA1c basal (P-interação > 0,05).
CONCLUSÕES
Níveis mais altos de HbA1c foram associados a maior risco cardiovascular e renal, particularmente na população MRF, mas os benefícios da dapagliflozina foram observados em todos os subgrupos, independentemente da HbA1c basal, incluindo pacientes com HbA1c <7%.
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