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A estimulação magnética transcraniana (EMT) tem se destacado como uma intervenção promissora para pacientes com depressão resistente ao tratamento convencional. Estudos recentes demonstram sua capacidade de induzir mudanças neuroplásticas e aumentar a expressão de genes ligados à plasticidade sináptica, como o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), essencial para a sobrevivência e crescimento dos neurônios.
A técnica atua em regiões cerebrais específicas, como o cíngulo subgenual e a rede de modo padrão, estruturas frequentemente disfuncionais em pacientes com depressão. Esse impacto pode contribuir para a redução de pensamentos negativos intrusivos, um dos sintomas característicos do transtorno.
Eficácia Comprovada em Estudos Científicos
Diversos estudos clínicos têm demonstrado a eficácia da EMT. Uma revisão sistemática apontou que a aplicação de EMT de alta frequência no córtex pré-frontal esquerdo resultou em reduções significativas nos escores da escala de depressão Hamilton, com queda média entre 17 e 19 pontos. Esses resultados são comparáveis à eletroconvulsoterapia (ECT), mas com menos efeitos colaterais.
Outra revisão sistemática que analisou meta-análises de ensaios clínicos confirmou os benefícios da EMT em pacientes que não respondem a tratamentos tradicionais. No entanto, alguns estudos sugerem que os resultados podem variar de acordo com os parâmetros de estimulação utilizados e as características individuais dos pacientes, indicando a necessidade de protocolos mais refinados para otimizar os benefícios terapêuticos.
Perspectivas e Desafios
Apesar dos avanços, especialistas reforçam a necessidade de mais pesquisas para compreender plenamente os mecanismos da EMT e melhorar sua aplicação clínica. A técnica se apresenta como uma alternativa terapêutica eficaz para casos de depressão resistente, com um perfil de efeitos colaterais favorável e evidências positivas a curto prazo, especialmente quando combinada com antidepressivos.
A evolução dos estudos na área promete avançar o conhecimento sobre a EMT e seu impacto na neuroplasticidade, oferecendo novas esperanças para pacientes que enfrentam desafios no tratamento da depressão maior.
Referencias:
Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) em Pacientes com Depressão Resistente ao Tratamento: Eficácia e Mecanismos de Ação. Revista FT.